quinta-feira, março 20, 2014

Noite literária, com lançamento de obras, em Acaraú

 
 Foto: Edson Costa

No último sábado, dia 15, a cidade de Acaraú foi palco de uma Noite Literária de lançamento de obras de escritores acarauenses na Escola Estadual de Educação Profissional Marta Maria Giffoni de Sousa, no bairro Monsenhor Edson Magalhães. Foram lançados o livro “Poemas”, de Dom Edmilson da Cruz (grande homenageado da noite) e Padre José Prado Ponte; “Uma sombra no espelho”, do poeta e professor Dimas Carvalho; e “Correguinho de minha infância”, de Rita de Oliveira Andrade Araújo. O evento foi uma realização da Câmara Municipal de Acaraú.

Em seu pronunciamento, Dom Edmilson da Cruz, nascido em Aranaú, distrito de Acaraú, bispo emérito de Limoeiro do Norte, que em outubro completará seus 90 anos de idade, agradeceu a homenagem e ressaltou alguns momentos de sua missão eclesiástica. Ressaltou a necessidade da mansidão. “Homem não deve ter medo de outro homem. Briguem manso, ou seja, não briguem”, aconselhou.

 Abelardo Martins, Totó Rios,Vicente Freitas, Dimas Carvalho, 
Dom Edmilson da Cruz, Rita de Oliveira

Dom Edmilson que chega às nove décadas de existência com ampla lucidez e em atividades eclesiásticas, teceu elogios aos outros escritores e deixou uma mensagem de paz a todos os presentes. “Tenham paz, sejam felizes, tenham Deus nas suas vidas e apóiem aos que são injustiçados na alegria de servir”, ensinou o bispo.

Dimas Carvalho, outro escritor que lançou mais um livro de poemas que recebeu inúmeros prêmios literários, “Uma sombra no espelho”, faz parte da Academia Sobralense de Letras, na cadeira que era do Padre Antônio Tomás, príncipe dos poetas cearenses. Dimas é neto do pesquisador e poeta Nicodemos Araújo, um dos maiores expoentes literários da região, autor da letra do Hino de Acaraú. Dimas destacou a importância da noite para o desenvolvimento do quadro literário da região.

Essa visão é compartilhada pelo poeta e museólogo itaremense Zé de Fátima, que compareceu à noite literária representando o empresário e ex-prefeito de Itarema, Robério Monteiro. O museólogo destacou a importância da noite para o quadro cultural de Acaraú e da região do Vale do Acaraú e ressaltou o importante apoio que Robério Monteiro tem dado não só à cultura, como às outras áreas em Itarema e na região, não só nos seus dois mandatos de prefeito, como até os dias atuais, por meio de uma intensa prática política em prol do povo.

Em seu discurso, Dimas fez um resgate histórico de Acaraú e de suas grandes personalidades e destacou que Dom Edmilson seria a maior personalidade viva de Acaraú. Resumiu a grandeza do bispo pela sua humildade, servo de Deus, que sempre está ao lado dos pobres e em defesa da justiça social. “Que Acaraú seja digno de Dom Edmilson, siga seu exemplo de ser humano preocupado com os outros”, destacou.

A noite contou com poetas da região, políticos, professores, familiares dos escritores, representantes da imprensa e população em geral que lotou o auditório da Escola Profissionalizante. Entre os que compareceram, o poeta de Bela Cruz, Vicente Freitas, a tabeliã do Cartório do 1º Ofício de Notas de Acaraú, Honorata Carmo, o ex-prefeito de Cruz, Antônio Raimundo Neto, o chefe de gabinete da Prefeitura de Cruz, Clairton, entre outros.

segunda-feira, março 17, 2014

A MAIOR LIÇÃO DE 2010 — Dom Edmilson da Cruz

A MAIOR LIÇÃO DE 2010 - FELIZ 2011



1- Conversei com Dom Edmilson da Cruz, religioso e grande intelectual cearense, que foi notícia no Brasil e no mundo, por ter ministrado a maior lição de 2010 para os políticos e para o povo brasileiro.
Dom Edmilson da Cruz RECUSOU uma homenagem do Senado Federal em nome da MORAL, do
RESPEITO AOS TRABALHADORES E AO POVO BRASILEIRO e para mostrar a indignação da
Nação com o reajuste dos Deputados, Senadores e demais políticos do Brasil.
Foi uma lição de humildade, coragem e de respeito aos sentimentos de um povo trabalhador e explorado
por uma minoria que se beneficia e faz festas com o dinheiro do contribuinte.
Dom Edmilson da Cruz foi Homem, foi Mestre, foi Pai e soube com firmeza e amor ensinar para os políticos
a MAIOR LIÇÃO DE 2010:  REPEITEM O POVO BRASILEIRO .

2- Dom Edmilson da Cruz me disse que recebeu vários convites para ele liderar  um movimento para que
    o Congresso Nacional reveja o reajuste já aprovado pelos Deputados e Senadores e se crie uma Lei de
    iniciativa popular, regulamentando o reajuste dos Deputados e Senadores, seguindo  os critérios do
    reajuste dos trabalhadores ( seria a Lei Dom Edmilson da Cruz );

3- O GRUPO CHOCALHO(http://grupochocalho.blogspot.com/) homenageou Dom Edmilson da Cruz
     que  NÃO recusou a honraria.
     SOBRE ESSE FATO ELE DISSE: " AÍ MEU FILHO É OUTRA HISTÓRIA ! " ( RISOS ).


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DOM EDMILSON DA CRUZ: UMA LIÇÃO DE AMOR PARA OS POLÍTICOS



FRASES DE DOM EDMILSON DA CRUZ PROFERIDAS NA SOLENIDADE
ONDE RECUSOU A HOMENAGEM DO SENADO:


" Quem vota em político corrupto está votando na morte! Vou falar mais calmo ainda, porque falo por amor: Quem vota em político corrupto está votando na morte! "


" Senhores e Senhoras, meus irmãos e irmãs, sinto-me primeiro perplexo, depois decidido. A Comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. "


" De seguro, porém, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la. (Palmas.). Ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte para o bem de todos com o suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho."



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A MEDALHA RECUSADA POR DOM EDMILSON DA CRUZ

A HOMENAGEM RECUSADA EM NOME DO POVO BRASILEIRO




A ÍNTEGRA DO DISCURSO DO BISPO

O SR. MANUEL EDMILSON DA CRUZ –


" Sr. Presidente Senador Inácio Arruda. Sr. Defensor dos Direitos Humanos de Abaetetuba do Pará, Sr. Antonio Roberto Figueiredo Cardoso. Defensor Público da Comarca de Taubaté, do Estado de São Paulo, Sr. Wagner Giron de La Torre. Sr. Secretário Executivo do Conselho de Direitos, Sr. Eden Pereira Magalhães, representando o agraciado, grande amigo e irmão dom Pedro Casalgáliga Pla, Bispo emérito de São Félix do Araguaia. Sr. Eduardo Freitas, representante de Marcelo Ribeiro Freixo e todas as outras pessoas aqui, Senadores e pessoas que estão presentes.

Quero uma saudação especial ao meu amigo e companheiro de luta Dr. Cláudio Sadá, um dos membros fundadores da Comissão Regional de Justiça de Paz no Ceará, pelo muito que tem realizado, o que vai se gravar na história.

Saudação a todas as pessoas aqui presentes.

Queria confirmar o que disse o Senador Inácio em relação à situação do trabalhador sem salário mínimo, porque a meu ver isso é um retrocesso comparado ao tempo da escravidão. O escravo era alimentado, o patrão, o dono só tinha interesse em alimentá-lo, ele (inaudível) trabalhar, é diferente. Então, é um retrocesso nesse sentido. Não sei se concordam comigo. É uma coisa de fazer muita pena.

Depois, em relação ao nosso Dom Hélder ao que disse o Senador José Ney, eu queria dizer que a minha primeira ... esse menino de nove anos, a primeira vez que o Dom Hélder Câmara foi lá na cidade de Acaraú, no norte do Ceará, batida preta no comício do integralismo, camisa verde camisa verde. É impressionante este fato, para dizer que nós não podemos jamais perder a esperança em ninguém, porque este mesmo Padre Helder era, antes de tudo, um santo. Ele passava, o dia todo ocupado, magrinho como ele era, frágil, humanamente falando, duas horas, todas as madrugadas, diante do Santíssimo Sacramento, em oração, em adoração. Isto marca a personalidade de Dom Helder. É este mesmo Dom Helder que, entre os seus pensamentos, este aqui, para mim, é uma coisa muito interessante, que ajuda muito a viver e a conservar e a alimentar a esperança que Deus nos dá. Ele diz assim, a partir dessas orações das madrugadas: “A criatura é como cana. Mesmo passada pela moenda, mesmo reduzida a bagaço, mesmo desfeita de todo, só sabe dar doçura”. Isto é Dom Helder.

Agora, meus irmãos, espero ser muito bem entendido no que vou dizer. Eu o faço levado por amor e também por confiança; essa esperança que Deus me ensinou a colocar em todas as pessoas humanas.

A surpresa deste dia chegou aos meus ouvidos à noitinha, quinta-feira, 16 de dezembro, como o alvorecer da aurora e a vibração cantante de um “bom-dia”.

Mais que surpresa, era como se alguém de extraordinária generosidade tivesse focado uma libélula, projetando a sua leveza e levando a atingir as proporções de uma águia e de um condor.

Passa por esse crivo, caro Senador Inácio, o meu agradecimento pessoal, cordial e profundo ao senhor, aos seus ilustres pares que o apoiaram nesta iniciativa e a todo o Congresso Nacional e às pessoas que estão aqui presentes.

Pensei, em vista dos meus 86 anos, em receber esta honraria por meio de um representante, mas o Congresso Nacional merece respeito. O verdadeiro Congresso Nacional é sinal de verdadeira democracia. A honrosa Comenda porém dos pais da pátria, como diziam os romanos, patres conscripti, me faz refletir precatórios que se arrastam por décadas, aposentados e idosos com as suas aposentadorias reduzidas, salários mínimos que crescem em ritmo de lesmas; depois de três meses de reivindicações e greves, os condutores de ônibus do transporte coletivo urbano de Fortaleza agora, dos cerca de 26% de aumento pretendido, mal conseguiram, a duras penas, pouco mais de 6%, quer para a categoria, quer para o povo, principalmente os pobres da quinta maior cidade de nosso Brasil. Meus irmãos e irmãs, falo agora de coração com muita fé, com o grande respeito que devo a todos, mas, falo como irmão e irmã sobretudo, quer dizer, assumindo a alma de todas as pessoas, pois é exatamente nesse momento que o Congresso Nacional aprova o aumento de 61% dos honorários de seus Parlamentares que em poucos minutos chegam a essa decisão e ao efeito cascata resultante e o impõe ao povo brasileiro, o seu, o nosso povo. O povo brasileiro, hoje de concidadãos e concidadãs, ainda os considera Parlamentares? Graças ao bom Deus, há exceções decerto em tudo isso. Mas, excetuadas estas, a justiça, a verdade, o pundonor, a dignidade e a altivez do povo brasileiro já tem formado o seu conceito. Quem assim procedeu não é Parlamentar. É para lamentar. Prova disto? Colha na internet.


Se o tom se torna como quem está com rancor, não tem rancor nenhum aqui, tem veemência, que é diferente, e amor.

Bem verdade é que a realidade não é assim tão simples e a desproporção numérica, um dado inarredável. Já existe – e é de uma grandeza bem aventurada! – o SUS, o bolsa família.

Aí estão trinta milhões de brasileiros, que as linha de pobreza, às vezes até da indigência, alcançaram a classe média – isto é muito bonito. É verdade a atuação do Ministério da Saúde. Existe o Ministério da Integração Nacional. É verdade! Mas, não são raros os casos de pacientes que morreram de tanto esperar o tratamento de doença grave, por exemplo, de câncer, marcado para um e até para dois anos após a consulta. Disso sou testemunha. Maldita realidade desumana esta, desalmada! Ela já é em si uma maldição. E me faz proclamar em pleno Congresso Nacional, como já o fiz em Assembléia Estadual e em Câmara Municipal: Quem vota em político corrupto está votando na morte! Vou falar mais calmo ainda, porque falo por amor: Quem vota em político corrupto está votando na morte! Mesmo que ele paradoxalmente seja também uma pessoa muito boa, um grande homem. Ainda não do porte de um Nelson Mandela que, ao ser empossado Presidente da República do seu país, reduziu em 50% o valor dos seus honorários.

Considerações finais.

Senhores e Senhoras, meus irmãos e irmãs, sinto-me primeiro perplexo, depois decidido. A Comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Helder Camara. Desfigura-a, porém.

De seguro, porém, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la. (Palmas.). Ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte para o bem de todos com o suór de seu rosto e a dignidade de seu trabalho.

É seu direito exigir justiça e equidade, em se tratando de honorários e de salários, também. Se é seu direito, e eu aceitar, estou procedendo contra os direitos humanos. Perderia todo sentido este momento histórico. O aumento a ser ajustado deveria guardar sempre a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e o da aposentadoria. Isso não acontece! O que acontece –repito– é um atentado contra os direitos humanos de nosso povo. A atitude que acabo de assumir, assumo com humildade... Assumo com humildade, sem pretensão a dar lições a pessoas tão competentes e tão boas. A todos suplico compreensão e a todos desejo a paz e os meus sinceros votos de um abençoado feliz Natal e um próspero Ano Novo. Deus seja bendito para sempre! Muito obrigado. (Palmas.)."





O SR. PRESIDENTE (José Nery. (PSOL - PA) – Meus cumprimentos a Dom Manuel Edmilson da Cruz que, coerente com aquilo que pensa, neste momento adota uma atitude de rejeição ao que fez o Congresso Nacional quando reajustou, em 62%, os salários dos parlamentares para o próximo período.

O SR. MANUEL EDMILSON DA CRUZ – Minha sugestão é outra: é a de se desfazer o erro quando se começa. É agora! Deve-se retroceder, como o fez Mandela. O caso dele era muito diferente... Desculpem-me a insistência: isso é grito da natureza humana ferida! Não é possível! Deve-se acabar com esse trabalho e reduzi-lo ao normal, ao correto.

O SR. PRESIDENTE (José Nery. (PSOL - PA) – Entendemos o gesto, o grito e a exigência de Dom Edmilson da Cruz que, em sua fala, Sua Excelência Reverendíssima também diz que veio aqui e compareceu mas recusará a comenda. Também exige que o Congresso Nacional reavalie a decisão que tomou em relação ao salário de seus parlamentares.

Queria neste momento dizer, Senador Inácio Arruda e Senador Cristovam Buarque, que tomei conhecimento que um grupo expressivo de estudantes se dirigiu à entrada do Congresso Nacional para, também –na mesma linha em que o faz Dom Edmilson da Cruz–, como se fosse uma intercomunicação (que a gente não vê, mas acontece), promove, neste momento, um protesto contra o reajuste "


FONTE: CONGRESSO EM FOCO
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=35627

domingo, março 16, 2014

Dom Manuel Edmilson da Cruz

Bispo Emérito de Limoeiro do Norte - CE, desde 04/08/1994. Nasceu aos 03 de outubro de 1924, em Aranaú, Distrito de Acaraú - CE. Filho de João Batista da Cruz e Luíza Ferreira da Cruz.

Foi batizado aos 02 de dezembro do mesmo ano, em Acaraú, pelo Revmo. Pe. Francisco Araken da Frota. Seus padrinhos foram: José Gonçalves Ferreira e Ana Sales Giffoni. A 30 de julho de 1925, Dom José Tupinambá da Frota o crismou. Neon Sales Lopes foi o padrinho. Desde muito pequeno queria ser padre, correspondendo à orientação e aspiração de sua genitora. Fez aos 07 anos a Primeira Comunhão. Matriculou-se em 1932 no 4° ano, pois seus pais costumavam dar a instrução primária no próprio lar. Por Intermédio do Pe. Sabino, entrou no Seminário São José de Sobral, 110 dia 04 de fevereiro de 1937, iniciando o Curso Ginasial, quando demonstrou aplicação e inteligência. Foi Prefeito do Seminário durante três anos. Em 1942 foi para o Seminário Maior de Fortaleza, onde cursou Filosofia e Teologia. Presidente do Centro de Improvisos São João Crisóstomo e do Círculo de Estudos Santo Tomás de Aquino. Também co-fundador e colaborador do jornalzinho "VIRTUS" do Seminário. Em 1945 recebeu a primeira tonsura; em 1946, as ordens menores. (ostiariato, leitorato, exorcistato e acolitato); 'm 1947, o subdiaconato; e em 1948, o diaconato.



Aos 05 de dezembro de 1948, foi ordenado Sacerdote por Dom José Tupinambá da Frota, Bispo de Sobral e, no dia, 08 do mesmo mês, celebra a Primeira Missa Solene em Acaraú. Após as férias, volta para o Seminário de Sobral, onde exerce as funções: Prefeito de disciplina, Professor, Vice-Reitor. De 1956 a 1960 foi Diretor Espiritual. Como professor lecionou: Latim, Inglês, Francês, Português, Física, Química, Ciências e História. Assumiu a Capelania da igreja do Coração de Jesus, da Cadeia Pública, das Irmãzinhas da I maculada, do Ginásio Santana, do Patronato Maria Imaculada, da Maternidade Manuel Marinho de Andrade. Foi Consultor diocesano, Coordenador da Catequese dos bairros do Sagrado Coração de Jesus e Expectativa, em Sobral, e encarregado do primeiro projeto de criação das paróquias de Cruz e Itarema. Confessor das Religiosas de mais de uma das casas da cidade. Diretor diocesano de Catequese e da Obra das Vocações Sacerdotais. Fundou e manteve o Boletim Catequético e Vocacional. Em Fortaleza, a partir de 1964, integrou a Equipe de Direção do Seminário Provincial. Foi Prefeito do Seminário, Professor de Lógica, Ascética e Mística, Catequese, Diretor Espiritual do Curso Clássico. Em agosto de 1966, o Papa Paulo II o elegeu Bispo Auxiliar de São Luís do Maranhão, recebendo a Ordenação Episcopal de Dom João José da Motta e Albuquerque em Sobral, aos 06 de novembro do corrente ano. Tomou posse como Bispo Auxiliar em 28 de dezembro de 1966. No ano seguinte, foi Vigário Episcopal em Brejo. Deu forte apoio às Comunidades Eclesiais de Base, fundou a Associação Brejena de Caridade. Tornou-se membro da Comissão Episcopal do Seminário NE I, ocupando-o até 1986. Em 1974 é nomeado Bispo Auxiliar de Fortaleza, tomando posse aos 07 de agosto de 1974. Era Arcebispo de Fortaleza Dom Aloísio Lorscheider. A partir de 1980, assume várias funções: membro da Comissão Episcopal Pastoral do Novo Regional NE I, c da comissão Regional da Seca; responsável pela Pastoral Urbana e pela Comunicação; Vice-presidente do Regional NE 1 (1980-1985). Fez a memória sobre Religiões não-cristãs no Regional NE 1 e N 4; responsável pelas Foranias da Serra, Sertão e Sul na Arquidiocese de Fortaleza. Promoveu grandes Encontros de Cantadores e Violeiros do Ceará, de 1976 a 1982. Em maio de 1992, foi nomeado pelo Papa João Paulo lI, Administrador Apostólico "Sede Plena" da Diocese de Limoeiro do Norte, sem deixar a função de Bispo Auxiliar de Fortaleza. Trabalhou nas duas dioceses, de 1992 a 1994, quando foi eleito Bispo diocesano de Limoeiro do Norte-CE. Em Fortaleza, manteve vários programas de evangelização, de Rádio e Televisão.

Nomeado Bispo Diocesano de Limoeiro do Norte em maio de 1994, tomou posse no dia 04 de agosto, do mesmo ano. Assumiu o governo da Diocese de Limoeiro do Norte até o dia 06 de maio de 1998, dia em que foi publicada pelo Vaticano a sua renúncia por motivo de saúde. Foi o quarto Bispo diocesano, em Limoeiro do Norte, sempre zeloso e incansável, como Pastor. Sempre humilde e paciente. Obediente e compreensivo. Fez Curso de Psicologia e Personalidade, St. Jerôme, Québec / Canadá. Cursos de CADES (Inglês) em Fortaleza. Deixou alguns trabalhos publicados, outros inéditos. Seu lema: "Verbum caro factum" (Palavra feita de carne).

Deu-nos um pensamento de ouro: "Se eu nascesse cinquenta mil vezes, eu queria ser padre cinquenta mil vezes". 
Fonte: Ungidos do Senhor na Evangelização do Ceará, Pe. Aureliano Diamantino Silveira

sábado, março 15, 2014

PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO E UM ALERTA SOBRE O MERCADO PARARELO

RESENHA

ZATZ, M. GENÉTICA: Escolhas que nossos avós não faziam. 1. Ed.

São Paulo: Globo, 2011.

BOOK REVIEW: GENETICS: CHOICES THAT OUR GRANDPARENTS DID NOT.


PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO
E UM ALERTA SOBRE O MERCADO PARARELO


Monalisa Geossandra de Araújo
O nosso objeto de estudos, hoje, se refere ao Capítulo 9, do livro Genética: escolhas que nossos avós não faziam”, de autoria da pesquisadora Mayana Zatz. Seu livro foi publicado em 2011, pela Editora Globo, e é uma referência quando se fala do assunto. O Capítulo, intitulado “Pesquisas com Células-Tronco e um alerta sobre o mercado paralelo”, mostra a preocupação da autora desde que a Lei de Biossegurança, nº 11.105, de 24 de março de 2005, foi aprovada e regulamentada, permitindo pesquisas com Células-Tronco obtidas de embriões congelados produzidos por fertilização in vitro.
Mayana, que é uma pesquisadora da USP, conhecida internacionalmente, e participou ativamente da aprovação pelo Congresso Nacional das pesquisas com Células-Tronco embrionárias, traz um pouco de sua experiência para o cotidiano das pessoas.  Segundo ela afirma “A Genética está para o século XXI, assim como a Física esteve para o século XX”.
A polêmica em torno das Células-Tronco embrionárias tomou conta do país quando o Congresso nacional discutia a aprovação da Lei de Biossegurança, que estabelece normas e mecanismos de fiscalização em todas as atividades relacionadas a organismos geneticamente modificados e permite as pesquisas com essas células obtidas de embriões humanos supranumerários. Após muitos debates de cientistas a favor ou contra, em maio de 2008, o Supremo Tribunal Federal aprovou, sem restrições, os avanços com células-tronco embrionárias, no país.
A autora lembra que, apesar dos avanços, há muito ainda o que fazer, e um longo caminho a ser percorrido, e que tudo isso leva tempo. Novas ideias precisam ser testadas: primeiro no laboratório, em culturas de células, e depois em modelo animal. Às vezes, o que parece promissor no laboratório não funciona em modelo animal. E, às vezes, o que funciona em animais não funciona em humanos.
Ela também alerta sobre o mercado paralelo, e até mesmo para a propaganda enganosa. “Tais procedimentos, envoltos em mistério, não têm protocolo de pesquisa, não se sabe o que é utilizado, não há acompanhamento dos pacientes e nem comparação dos resultados”.
Ironicamente, apesar do envolvimento pessoal da pesquisadora na aprovação das pesquisas com células-tronco embrionárias, ela tem se dedicado a um subgrupo especial de células-tronco adultas, as células-tronco mesenquimais. As únicas, segundo ela afirma, com o potencial de formar todos os 216 tipos celulares do corpo. Além disso, a luta para a aprovação da Lei de Biossegurança envolvia outro ideal: a liberdade para fazer pesquisas sem restrições, sem imposições religiosas, as mesmas que são realizadas nos países mais desenvolvidos.
Na verdade, descobrir um tratamento para as doenças neuromusculares tem sido o projeto de vida da pesquisadora. Segundo ela afirma, “não estamos longe de iniciar ensaios terapêuticos em pacientes”. Mas, faz questão de lembrar: “Ensaios clínicos são pesquisas, não ainda tratamento”.

Monalisa Geossandra de Araújo — 17 anos.
Cursa  Fisioterapia — Faculdades  INTA Sobral CE.

Informações bibliográficas

Título
Genética: Escolhas que nossos avós não faziam
Autor
Mayana Zatz
Editora
Globo Livros, 2011
Num. págs.
207 páginas