O vinho chia no cristal, que espanto!
“É bem suave”, diz quem me oferece.
Sorrio, sem sentir igual encanto,
Pois o som que escuto se esvanece.
O murmúrio que ao ouvido canta,
Ressoa tênue, logo se dispersa.
Sorvo o vinho, e no peito se adianta,
Silêncio puro, a paz que me atravessa.
Não é o vinho que embala o coração,
Mas o frescor que a essência vem tocar,
Como o silêncio após breve canção.
Campos chega, traz nas mãos, um livro,
E na taberna, vem de improvisar:
“Peguei, amigo, em flagrante delitro!”
𝐕𝐢𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐅𝐫𝐞𝐢𝐭𝐚𝐬 Liot
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