segunda-feira, julho 26, 2010

Entrevista - Márcio Catunda

Poeta-diplomata lotado na Embaixada do Brasil na Espanha, de férias no Brasil, autografa livro de poemas dia 26 na Cidade Maravilhosa.

Poeta Márcio Catunda.
Por Menezes y Morais
Com Jarbas Junior *
Especial Para Nós – Fora dos Eixos

O autor de Emoção Atlântica (poesia) fala um pouco de sua obra, do livro novo que está concluindo e da influência literária que sofreu do poeta José Alcides Pinto, “o escritor com quem mais aprendi”.

Nós – Fora dos Eixos: Quem é Márcio Catunda?

Márcio Catunda: Sou um sonho humano à procura de luz.

NFE: A que você atribui mais de 30 livros publicados, além dos CDs?

MC: Creio que tudo quanto fazemos de bom vem de Deus, já que somos criados por Ele.

NFE: O que os leitores de MC podem esperar neste 2010, em matéria de livro novo?

MC: Saiu este ano o livro Emoção Atlântica, de poemas a respeito da cidade do Rio de Janeiro, o qual tem, entre os prefaciadores, Jarbas Júnior e Anderson Braga Horta, além do crítico literário André Seffrin.

NFE: Quando virá ao Brasil?

MC: Estou atualmente em Fortaleza (CE), de férias e viajarei dia 18 de julho corrente ao Rio de Janeiro, a fim de lançar o livro no próximo dia 26.

NFE: Como você se sente levando adiante a tradição literária de bons escritores no Itamaraty?

MCNão sei se estou à altura de representar condignamente essa tradição. Acho que o melhor a fazer é me colocar na condição de aprendiz. 

Projeto gráfico do livro do Poeta Márcio Catunda
" Emoção Atlântica", impresso no Rio de Janeiro
pela Editora Oficina.
NFE: Há quase uma década você trabalha num épico sobre a História da Espanha. Em que pé se encontra este trabalho? Quando pretende publicá-lo?

MC: O livro está quase pronto. Ainda não o publiquei porque sempre descubro falhas e volto a reescrever tudo, cortando algumas coisas e acrescentando outras. É que cada vez que escrevo noto que a maior parte do texto é prosa poética e busco, ainda insatisfatoriamente, a forma mais próxima possível da poesia.

NFE: Qual é a influência de José Alcides Pinto na sua produção literária?

MC: José Alcides Pinto é o escritor com quem mais aprendi. Tive o privilégio de ser grande amigo dele e assim conhecer bem a maneira, ou a técnica com que ele escrevia, que era pura intuição emotiva, com a razão a serviço da síntese. Ponho-me na condição de discípulo dele, já que não me acho tão original quanto ele.

*Menezes y Morais é jornalista, escritor, professor, historiador e editor da Nós – Fora dos Eixos.  E Jarbas Junior é jornalista, professor e escritor. Entre outros é autor de Marcas do Chicote (Thesaurus)

quinta-feira, julho 22, 2010

Jornalismo sem diploma

Luiz Otávio
"Faxineira já tem registro de jornalista", copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br)

"A mais recente jornalista profissional de Minas Gerais, com registro precário obtido junto à Delegacia Regional do Trabalho, não é um escriba ocasional interessado em publicar seus textos eventuais ou experimentais em qualquer publicação, ou algum aventureiro que deseje ver seu nome impresso para satisfazer vaidades pessoais ou visando fins mais ou menos confessáveis. Trata-se de Maria D’Ajuda Silva, de 49 anos, a ‘Lia’, que exerce, com muita eficiência, simpatia e dignidade, as funções de faxineira do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e, desde os nove anos de idade, vem trabalhando nesta área ‘para ajudar a família’.
Ela conseguiu se registrar sob o número 2001.61.00.025946-3 - MG 07243 JP, através de liminar de ação civil pública, conforme atestou a chefe do setor de Identificação Profissional da DRT/MG, Marluce Silva Rocha. Caso queira - ou consiga - está provisoriamente apta a exercer a profissão, da qual confessa não entender nada, mas que pretende aprender, ‘quem sabe dentro de uns cinco ou seis anos, se estudar muito’. Lia mal completou a sétima série do Primeiro Grau e decidiu virar jornalista por sugestão ‘de um rapaz gordinho e muito falante, que não sai aqui do sindicato’.
‘Quero aprender a ser jornalista’, diz Lia, que confessa não entender nada do assunto e só decidiu procurar o registro na expectativa de, um dia, ‘conseguir melhorar de vida’. Para tanto, ela assegura que lê muito - ‘todos os papéis que me entregam na rua’- mas escreve ‘muito pouco, quase nada’. Promete também que, agora, vai começar a leitura de um livro que encontrou na biblioteca do sindicato, ‘uma história de um pai, uma mãe e um filho, ou coisa parecida. Peguei o livro porque sabia que ia ser jogado fora’. Ela explica que está lendo mais especialmente nos últimos tempos, depois que seu aparelho de televisão estragou. ‘Ajuda a gente a dormir’, assinala.
Para conseguir seu registro precário de jornalista profissional, Lia, por sugestão do tal sujeito gordinho e falante, levou à DRT sua carteira de identidade, CPF e título de eleitora. Agora, está em plena condição legal de ser jornalista. ‘Gosto muito de notícia, mas não de notícia ruim’, ressalta, destacando que todas as noites não perde o Jornal Nacional, da Rede Globo. Confessa que escreve mal, ‘pois não tenho prática’, mas tem certeza de que, com o tempo, vai aprender. ‘Quando ficar boa, quero mesmo é escrever para jornal. Mas gostaria muito também de mexer com computador, mesmo tendo um pouco de medo daquela coisa’.
O diretor do SJPMG, Délio Rocha, afirma que, sob hipótese alguma, Lia tem condições de conseguir inscrever-se na entidade para receber sua carteira de identificação profissional. ‘Não aceitamos ninguém com registro precário e já o negamos a incontáveis pessoas que têm aparecido por aqui com sua carteira profissional contendo esta ridícula anotação’, adverte. Ele informa ainda que os portadores deste tipo de registro, se assim o desejarem, podem até recorrer à Justiça para tentarem ingressar no sindicato. ‘Aceitaremos a briga judicial, até as últimas instâncias. Mas vamos resguardar com todos os recursos legais a dignidade da profissão’."

sábado, julho 17, 2010

Isabel Lustosa: Musa da História do Brasil

Pesquisadora do Museu da República, de 1983 a 1985, da Fundação Nacional Pró-Memória, cedida à Fundação Casa de Rui Barbosa para coordenar o Projeto Botafogo, de 1985 a 1989; Chefe da Divisão de Documentação e Pesquisa do Museu da República, de 1989 a 1991; pesquisadora do Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural, atual IPHAN, de 1991 a 1992. A partir de 1992 integra a equipe do Setor de História da Fundação Casa de Rui Barbosa, do qual foi chefe de 1998 a 2000.
Publicou, entre outros, Histórias de Presidentes – a República no Catete (Rio de Janeiro/Petrópolis: Fundação Casa de Rui Barbosa/Vozes, 1989); Brasil pelo método confuso – Humor e boêmia em Mendes Fradique (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993); O Chico e o avô do Chico (literatura infantil), (Biblioteca Carioquinha, nº 1, Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 1996); O Chico e o avô do Chico em: A História dos Escravos (literatura infantil), (Companhia das Letrinhas, 1998); Nássara: o perfeito fazedor de arte (Relume Dumará/Rio Artes, 1999), Insultos Impressos – A guerra dos jornalistas na Independência (1821-1823), sua tese de doutoramento, e Lapa do desterro e do desvario – uma antologia (Casa da Palavra, 2001).
Especialista em história da imprensa brasileira, tema sobre o qual pronunciou diversas conferências e publicou estudos em revistas acadêmicas, nacionais e estrangeiras, é co-editora junto com Alberto Dines da edição fac-similar do Correio Brazilense (1808-1822) de Hipólito da Costa, reunindo 29 volumes de cerca de 600 páginas.
Junto com Pedro Corrêa do Lago, ela assina o roteiro do espetáculo de Som e Luz do Museu Imperial de Petrópolis, drama histórico em torno da vida e do reinado de D. Pedro II (novembro, 2002).
Isabel Lustosa é autora do texto que revelou uma série de novas abordagens possíveis para o estudo da arte do caricaturista J. Carlos. Em The Art of J. Carlos, publicado em 1995, a autora destaca tanto os aspectos inovadores de sua arte gráfica como também o seu caráter jornalístico. Chama a atenção para a verdadeira cobertura que fez das duas guerras, através das inúmeras capas da revista ‘Careta’. Para a autora, J. Carlos junta humor a sentimento, revelando de forma delicada a dor das vítimas inocentes daqueles dois grandes conflitos. O mesmo artigo também destaca o J. Carlos caricaturista dos nossos presidentes, a imagem da mulher, do Brasil e dos brasileiros.
Os textos de Isabel conquistaram também o diplomata Afonso Arinos, agora amigo particular, que a indicou para a vaga de imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de outra cearense: Raquel de Queiroz. “Isabel é a grande dama da literatura, da Ciência Política e da história do Brasil. Como acadêmica, a presença dela engrandeceria a Academia Brasileira de Letras”, comenta o diplomata Afonso Arinos.
Ela também é sócia do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. “É uma pessoa muito criativa, que analisa o passado dando muita vitalidade à sua percepção”, descreve Arno Wehling, presidente do Instituto Histórico.
Profissional respeitada, sobralense, Isabel Lustosa desvenda o passado para compreender o presente. Fala com propriedade sobre a história da imprensa brasileira: “a independência foi muito discutida e um personagem saiu daí: Dom Pedro I”. Do trabalho, diz: “é um privilégio trabalhar com algo que você gosta, fazer algo que você se orgulha”. Em 2009 ganhou o Troféu Sereia de Ouro: “Estou muito feliz com essa homenagem do Ceará. É sempre bom ser reconhecida na terra da gente”.
Obras
Histórias de presidentes, a República no Catete. Rio de Janeiro: Agir, 2008 .
Brasil pelo método confuso: humor e boemia em Mendes Fradique'. RJ: Bertrand Brasil, 1993.
A história dos escravos. São Paulo: Cia das Letrinhas, 1998.
"Nássara: o perfeito fazedor de artes". Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.
Insultos impressos: a guerra dos jornalistas na Independência. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
"Lapa do desterro e do desvario: uma antologia" (org.). Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2001.
O nascimento da imprensa brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.
As trapaças da sorte: ensaios de história política e de história cultural Belo Horizonte: EDUFMG, (2004)
D. Pedro I: um herói sem nenhum caráter. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
"A História do Brasil explicada aos meus filhos". Rio de Janeiro: Agir, 2007.
Imprensa, história e literatura. (org.) Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2008.

quinta-feira, julho 15, 2010

Obra de Portinari é furtada

Obra do pintor Candido Portinari, intitulada “Enterro”, avaliada em mais de R$ 1 milhão, foi furtada do Museu de Arte Contemporânea, de Pernambuco, em Olinda. Ainda não se sabe como o furto aconteceu. A falta do quadro foi percebida no final da tarde de ontem.

A obra mede 23cm por 33cm e foi pintada em 1959, durante a fase azul do artista. A pintura fazia parte do acervo do museu desde sua inauguração, em 1966.
Segundo a diretora do MAC, Célia Labanca, os vigilantes só perceberam que a obra tinha sido roubada quando viram uma moldura, sem tela, atrás de uma janela, no momento de fechar o local. Célia não soube dizer se o roubo ocorreu na quarta-feira, ou antes.
No momento, o museu está fechado, para a realização de uma perícia. Segundo informações da Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco), as polícias, civil e federal, já foram acionadas, assim como a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
Veja abaixo a nota oficial da Fundarpe sobre o furto: "A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), órgão  responsável pela administração do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE), em Olinda, já informou à Polícia Civil do Estado sobre o desaparecimento do quadro Enterro, datado de 1959, de autoria de Candido Portinari, que faz parte do acervo do equipamento cultural".
A diretora do MAC, Célia Labanca, prestou depoimento na manhã de hoje (15, quinta-feira). Ela também forneceu, à Polícia, o livro de ata do Museu, além de réplica do quadro para facilitar nas buscas da obra de arte. A Fundarpe informa ainda que o Museu de Arte Contemporânea,de Pernambuco, possui vigilância 24h e conta com funcionários e monitores para acompanhamento dos visitantes.

Brincando com Drummond

Quando adoeci, um médico safado
desses que vivem matando gente
disse: Vai, Vicente, tá sem jeito na vida.

O homem espia a casa
e corre com medo da mulher.
A noite talvez fosse linda
não houvesse tantos ladrões.

Vivo levando pernadas:
pernas feias, sujas, empenadas.
Meu Deus, pra que tanta perna,
pergunta minha boca.
Porém, o meu coração
não pergunta nada.

O bigode na cara do homem
é engraçado, simples e fraco;
tem poucos, raros cabelos.

Mundo, caro mundo,
se eu me chamasse Aparecida
seria uma mancada,
não seria uma saída.
Mundo, caro mundo,
mais caro é o custo de vida.

Eu não queria dizer
(minha boca não queria)
mas essa fome,
mas essa crise
deixam a gente esmorecido como o diabo.

Vicente Freitas

Quadrilha

João roubava Teresa que roubava Raimundo
que roubava Maria que roubava Joaquim que roubava Lili
que não roubava ninguém.
João foi para a cadeia, Teresa para o bordel,
Raimundo foi assassinado, Maria ficou lésbica,
Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com o Zé Pinto
que não tinha entrado na escória.

__________________
Poema da série “Brincando com Drummond”.
Vicente Freitas

No meio do extrato


No meio do extrato tinha uma CPMF
tinha uma CPMF no meio do extrato
tinha uma CPMF
no meio do extrato tinha uma CPMF.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas economias tão minguadas.
Nunca me esquecei que no meio do extrato
tinha uma CPMF
tinha uma CPMF no meio do extrato
no meio do extrato tinha uma CPMF.


_________________
Poema da série "Brincando com Drummond".
Vicente Freitas

quarta-feira, julho 14, 2010

Twitter no Brasil

Um levantamento divulgado pela consultoria francesa Semiocast indica que o Brasil passou a ser o país de origem do quarto maior número de mensagens no Twitter, ou tweets, em todo o mundo.

Nos últimos três meses, o país, que ocupava a terceira posição, foi ultrapassado pela Indonésia. De acordo com o levantamento, as mensagens originadas no Brasil representavam, ao final de junho, 11% de todas as mensagens no mundo, enquanto a proporção das mensagens da Indonésia chegou a 12% do total.

No levantamento anterior, feito ao final de março, o Brasil respondia por 11,5% de todas as mensagens do Twitter, enquanto as mensagens originadas na Indonésia eram 10% do total.

As mensagens dos Estados Unidos, principal origem das mensagens postadas no site de microblogging, caíram de 30% para 25% do total nos últimos três meses, enquanto que a participação das mensagens do Japão cresceu de 15% para 18% no mesmo período.

As mensagens de Twitter oriundas desses quatro países juntos são quase o dobro de todas as postagens feitas no resto do mundo, segundo o levantamento.

Crescimento acelerado 

Segundo Paul Guyot, diretor da Semiocast, o total de mensagens no Twitter continua crescendo significativamente em todos os países, mas os dados do levantamento mostram, entre os quatro primeiros, um crescimento mais acelerado no Japão e na Indonésia e menos acelerado no Brasil e nos Estados Unidos.

De acordo com Guyot, uma das possíveis razões para a Indonésia ter apresentado um crescimento no número de tweets maior do que o Brasil é a popularidade do envio de mensagens pelo celular no país asiático.

Enquanto no Brasil 82% dos tweets foram enviados a partir do site do próprio Twitter, na Indonésia esse meio foi utilizado por apenas 11%, enquanto o uso do aplicativo ÜberTwitter, para celulares Blackberry, responde por 37% das mensagens.

“A popularidade do uso do celular para tweets pode explicar essa tendência que resultou na ultrapassagem do Brasil pela Indonésia no terceiro lugar do ranking”, comentou Guyot à BBC Brasil.

De acordo com a página do Twitter na internet, na Indonésia os usuários de celulares de seis diferentes operadoras podem enviar tweets por meio de mensagens de SMS, enquanto no Brasil apenas uma operadora oferece o serviço.

Línguas
Apesar de o Brasil ter perdido a terceira colocação no ranking dos tweets, o português continua a terceira língua mais popular no Twitter, com 11% das mensagens, proporção semelhante à das mensagens originadas no país.

O indonésio é a quarta língua mais popular, com 7%, cinco pontos porcentuais menos que a participação da Indonésia no total de mensagens.

Para Guyot, isso indica que os usuários brasileiros do Twitter preferem usar a sua própria língua em suas mensagens, e não o inglês, como em muitos países.

Segundo dados do levantamento, por exemplo, só metade dos tweets dos franceses são escritos em francês. O inglês é a língua mais popular no site, com 40% do total das mensagens, seguido do japonês, com 18%.
Fonte: BBC

terça-feira, julho 13, 2010

O Brasil é um grande plágio

[Imagem: Free4Uwallpapers]
Ter idéias próprias não é bem uma característica que marque a História do Brasil. Exceto alguns casos avulsos, a ‘cópia’ se constitui um costume nacional, desde os primeiros dias desse país que, inclusive, já teve o nome oficial de ‘Estados Unidos do Brasil’, dando mostras do olhar invejoso lançado sobre o irmão-mais-rico: o Tio Sam. 


Nas artes, o Brasil só veio a ‘rascunhar’ sua primeira identidade em 1922, com a ‘Semana da Arte Moderna’. Mesmo assim não faltaram duras críticas. Os conservadores da época, considerando ultrajante qualquer mínima tentativa de romper os vínculos com as tradições européias, insistiam em não enxergar qualidade nas tendências artísticas especificamente brasileiras.
O cinema nacional também viveu algumas décadas em que fez do plágio sua maior fonte de inspiração. A maioria das ‘chanchadas’ nada mais era que paródia mal feita de famosos filmes estrangeiros. 
Paralelo a isso, a cultura desvalorizava suas poucas obras originais. Quase ninguém sabe que ‘O Cangaceiro’, filme produzido por Lima Barreto em 1953, é, ainda hoje, o maior sucesso de bilheteria que um filme brasileiro já alcançou, superando a casa dos US$ 50 milhões. Só na França, ficou 5 anos em cartaz. Infelizmente, essa renda ficou com a Columbia, companhia cinematográfica dos EUA, que comprou barato os direitos sobre a película.
Com a televisão não tem sido diferente. Alguns dos programas mais populares são apenas cópias. Quem assina TV a cabo já deve ter percebido que o ‘Programa do Jô’ copia o programa do Jay Leno em quase tudo: estrutura, cenário, figurino, além de todo o diferencial como é o caso da caneca e do quinteto. Até as piadas do Leno o Jô ‘reconta’, dias depois, em versão traduzida. A coisa é tão ‘macaqueada’, que nem a postura corporal escapa.
Nos telejornais também se percebe a cópia dos formatos utilizados; principalmente os cenários adotados pela CNN.
Na música, as versões de canções estrangeiras – que chegaram a ser incentivadas por lei, durante a ditadura militar – tornaram-se algo que supera a questão do ridículo. Além do fato de que o Brasil não paga os devidos ‘royalties’ aos artistas estrangeiros, há essa tendência perene de transformar belíssimas canções em meros e tediosos lamentos pseudo-românticos. É ultrajante, por exemplo, ouvir as versões – talvez melhor fosse dizer ‘aversões’ – que Chitãozinho e Xororó cantam de ‘Wonderful Tonight’ (Eric Clapton) e que o Leonardo canta de ‘Corazón Espinado’ (Carlos Santana). Então, ‘paródia’, ‘paráfrase’, ‘versão’ é o caralho!
O nome para tudo isso é plágio. Ainda pior se o plagiador lucra e os direitos autorais não são pagos ao autor original. Porque aí é roubo mesmo.
Há casos de plágio até entre nomes consagrados da literatura brasileira. Ariano Suassuna roubou – não cabe outra palavra – a trama central que Shakespeare metaforizou tão bem em ‘O Mercador de Veneza’. No original inglês a trama tem por centro o acordo firmado entre o agiota judeu Shylock e o cristão Antônio, no qual o primeiro poderia tirar uma libra da carne do segundo, caso o empréstimo não seja quitado. Shakespeare invoca o princípio jurídico ‘pacta sun servanda’ (‘o contrato é lei entre as partes’) para mostrar, de um lado, a fragilidade dos contratos frente à inconstância dos cenários; e, de outro, a necessidade de se respeitar tais acordos, sob o risco de – desrespeitando-os – gerar caos social. Suassuna copia a idéia na íntegra (problema, desenvolvimento e solução), mas transformando-a em idéia secundária de seu livro, minimizando a temática e, assim, impedindo que o leitor perceba a profundidade da questão sob o prisma da Filosofia do Direito.
Da mesma forma, no ensino brasileiro, principalmente o superior, a cópia tornou-se comportamento tão amplamente aceito que na maioria dessas escolas há pequenas empresas cuja única finalidade é ‘xerocar’ livros ou apostilas. Com isso, o autor, que não ganha nada com as cópias ilícitas, vê cair o volume de vendas de seu livro e se sente desestimulado a dar continuidade à  produção intelectual. O lucro, por sua vez, fica para aquele que – sem ter contribuído para a efetivação da obra – reproduz e vende  ilegalmente a publicação (no todo ou em parte), incontáveis vezes. É a institucionalização do plágio, praticada justamente nas instituições em que muito se discute o plágio, quando praticado pelo aluno.
Agora, imagine dois alunos conversando: “– E aí, já fez o trabalho sobre Direito Autoral? É para ser entregue na segunda-feira!”. Ao que o outro responde: “– Ainda não. Mas vou, agora mesmo, pegar as cópias dos capítulos II e III do livro do Sidney Bittencourt”.
E não cabe mais alegar que sem o uso das cópias ilícitas a educação brasileira se tornaria inviável, face à pobreza do alunado. Isso é uma explicação contraditória e inaceitável que, se já possuiu algum mínimo sentido antes dos anos 80, hoje não mais.
Com toda essa ‘cultura do plágio’, não é de se espantar que a ‘blogosfera brasileira’ apresente grandes disfunções nesse sentido. A Internet – ambiente ilusoriamente democrático – leva a crer que todos podem ser escritores; que todos podem ser engraçados; que todos têm algo que o mundo queira ler ou ver; e, pior, que todos podem ganhar dinheiro com isso.
A realidade, porém, é mais dura. A maioria sequer conhece o próprio idioma, escreve mal, não tem sensibilidade. Enfim, não possui a bagagem mínima para uma produção cultural razoável. Pior que isso: a maioria tem preguiça de aprender. Não quer desenvolver o esforço necessário para construir – na mente – um acervo de conhecimento que lhe permita ser criativo.
Será que é tão difícil assim ser original? Na verdade é! Mas e daí? Se alguns podem ser originais, é sinal de que muitos outros também podem. Para isso, no entanto, é preciso tentar exaustivamente. Errar inúmeras vezes até atingir o êxito do primeiro acerto. Thomas Edson, imortalizado por inventar a lâmpada incandescente, já havia patenteado mais de 500 outras criações de menor importância, antes de chegar àquela que lhe daria fama.
Como se não bastasse, o plágio não é somente violação de diretos autorais: uma vez que afronta o direito – constitucionalmente garantido – de personalidade do autor, configura mais que um ilícito civil, mas, ainda, um ilícito criminal gravíssimo, previsto no artigo 184 do Código Penal, cuja penalidade pode levar à detenção e multa.
E aqui nem cabe agora discutir a funcionalidade da lei, quando aplicada ao meio virtual. Tampouco vale entrar no mérito das dificuldades práticas de se identificar o plagiador e alcançá-lo, de fato, para que responda por seus erros. Isso porque, o combate ao plágio, seja na Internet ou em qualquer outro meio, vai muito além de um compromisso legal. Em plano mais amplo, a luta contra o plágio é, de certa forma, uma tentativa de se evitar a morte prematura da inteligência genuinamente brasileira.
Está na hora de o Brasil passar a ser ‘o país da originalidade’. O plagiador, embora seja quase sempre dotado de incomparável estupidez e desprovido de qualquer senso ético, deve ser conscientizado de que cópia alguma irá lhe conferir valor como pessoa que produz. Aos que insistirem no erro, restará então a opção da denuncia, da exposição dos fatos, das conseqüências legais, bem como do escárnio e da morte social que essas coisas costumam provocar.
É preciso que se entenda, afinal, que o espelho, mesmo quando diante do próspero, reflete tão-somente a imagem inversa.
José Fernandes

contraoplagiobrasil@gmail.com

Poço amplia fronteira do pré-sal

Petroleiras descobrem óleo longe de Tupi
A estratégia das empresas de ir cada vez mais fundo na exploração de petróleo pode levar o governo a ampliar o mapa do pré-sal. Em perfuração recorde no País, a Repsol está explorando um poço com objetivo de atingir 7,5 mil metros de profundidade, numa área que ainda não é considerada pré-sal. Paralelamente, Shell, Anadarko e Petrobras fazem descobertas sob a camada de sal longe de Tupi, localizado na chamada picanha azul, na Bacia de Santos – onde todos os blocos já explorados apresentaram indícios de hidrocarbonetos.
 A Repsol começou a perfurar o bloco em fevereiro, mas, com problemas mecânicos, teve de interromper a atividade e reiniciá-la em outro poço. O objetivo deve ser atingido até agosto. O ES-T-737 fica entre as bacias de Campos e Espírito Santo, a cerca de 87 quilômetros ao nordeste de Jubarte, campo com reservas abaixo da camada de sal localizado ao Sul do Espírito Santo, próximo ao limite do que atualmente é considerado pré-sal.
O bloco da Repsol está próximo a uma área onde a Petrobras já descobriu petróleo, o que alimenta as chances de a companhia ser bem-sucedida na empreitada de perfurar um poço de 7,5 mil metros. A descoberta da Petrobras naquela região, no bloco ES-M-590, foi comunicada à Agência Nacional do Petróleo (ANP) em abril do ano passado. A profundidade do poço chegou a 6.375 mil metros no bloco, que também tem "jeito de pré-sal", conforme define um especialista.

Bahia, Sergipe e Amazônia
Ainda mais longe dos limites do polígono do pré-sal, a Petrobras também estaria tentando encontrar petróleo abaixo do sal na Bahia e no Sergipe. Procuradas, porém, Repsol e Petrobras não confirmam as informações. Na bacia do Jequitinhonha, a estatal perfurou o BM-J-3.
Em Sergipe, a formação sedimentar do campo produtor de Carmópolis leva geólogos à conclusão de que áreas adjacentes também podem guardar reservatórios de petróleo abaixo do sal, tal como a área que já produz. A Petrobras, segundo dados ANP, está perfurando o bloco SEAL-100, naquela bacia, com objetivo de alcançar uma profundidade de 3.462 mil metros. A espessura da camada de sal varia de região para região. Se em Tupi possui 2 mil metros e no bloco da Repsol pode passar de 3 mil, em Jubarte (ES) não chega a 800 metros.
Ao lançar sua própria empresa, no fim do ano passado, o geólogo Márcio Mello, um dos maiores especialistas em pré-sal, apontou a existência de pré-sal na Bacia de Solimões, na Amazônia. A HRT Oil and Gas explora blocos na região.
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sexta-feira, julho 09, 2010

Acquario do Ceará

O Acquario Ceará, que será construído no antigo prédio do DNOCS, na Praia de Iracema, será o primeiro aquário internacional da América Latina. O equipamento, de cunho científico-educacional, se tornará um importante atrativo de visitação, fortalecendo assim o turismo do Ceará.

Orçado em R$ 250 milhões, com 21,5 mil metros quadrados de área construída e tanques com capacidade para 15 milhões de litros, o Acquario Ceará é um dos mais importantes investimentos do Governo do Estado. As obras devem ser concluídas até meados de 2011.

Além da localização privilegiada e do espaço contemplativo, o Acquario terá em seus quatro pavimentos áreas de lazer, dois cinemas 4D, simuladores de submarino, equipamentos que proporcionam interação entre público e aquário e túneis submersos que levarão os visitantes ao interior do tanque de animais marinhos.

Para o secretário do Turismo Bismarck Maia o aquário será mais um diferencial para o estado em relação a outros destinos turísticos. "Tenho convicção de que esse equipamento mudará o perfil do Estado. Ele se posicionará no mundo inteiro como um local que deve ser conhecido".

A previsão é que o equipamento receba, anualmente, 1,2 milhão de visitantes, gerando uma receita de R$ 21,5 milhões. Para a economia local, o impacto no mercado de trabalho será de 150 empregos diretos, 1.600 indiretos e 18 mil empregos na cadeia produtiva. O início da obra está previsto para este mês de julho.

quinta-feira, julho 08, 2010

Playboy Portuguesa cria polêmica

A edição de julho da revista Playboy de Portugal promete criar polêmica. Diferente das tradicionais capas, a revista masculina portuguesa escolheu como destaque o escritor falecido José Saramago. E mais: estampou a imagem de Jesus Cristo ao lado de uma modelo nua. 


A capa faz uma alusão ao livro 'O evangelho segundo Jesus Cristo', de Saramago. Na época de sua publicação, o livro estremeceu a relação do escritor com a Igreja Católica, pela abordagem literária de temas bíblicos. 

A revista traz ainda uma entrevista com o escritor, considerado um dos maiores nomes da literatura portuguesa, morto no final de junho nas Ilhas Canárias.

Por ser considerado um dos povos  mais avançados em questões de tabus, na atualidade, o país aprovou a legislação que permite o aborto e já sinaliza para a liberação do casamento de pessoas do mesmo sexo. Portugal possui forte tradição católica.

segunda-feira, julho 05, 2010

Os crimes do Pica-Pau


Confira então os 26 crimes que o Pica-Pau comete em seus desenhos:
Crime # 01 - Porte Ilegal de Armas (Art. 12, Lei 10.826 de 2003): Nesse crime, ele teria de 1 a 3 anos de detenção. Em vários episódios, Pica-Pau e outros personagens portam armas, sem autorização muitas vezes intimidando algum outro personagem ou mesmo disparando-a, que já vai para o 2º…
***
Crime # 02 - Disparo de Arma de Fogo (Art. 15, Lei 10826 de 2003): Cabível uma pena de 2 a 4 anos de reclusão. Sempre, ou praticamente, em todos os episódios em que aparece uma arma de fogo, ela é disparada. Sem mais o que comentar sobre.
***
Crime # 03 - Agressão Física (Art. 129, Codigo Penal): A pena varia de 3 meses a 1 ano de detenção. Todos os personagens que passam pela frente do Pica-Pau é agredido fisicamente, tanto com bicadas, quanto com paus, pedras, arvores e o que mais ele tiver na mão…
***
Crime # 04 - Tentativa de Homicídio (Art. 129, Parágrafo 1º, Codigo Penal): Além de agredir, WoodPecker ainda consegue: Atirar na pessoa (ou personagem, como queira), jogar do alto de prédios, induzir a suícidio e por ai vai. Nessa, a pena vai de 1 a 5 anos de prisão.
***
Crime # 05 - Perigo para a vida ou saúde de outrem (Art. 132, Codigo Penal): Pica-Pau consegue fazer seus “adversários”: Tomarem choques, se acidentarem, se jogarem em Geisers, pular cachoeiras repetidamente, pular de locais altos ou de aviões sem paraquedas. A pena disso? Apenas de 3 meses a 1 ano de prisão.
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Crime # 06 - Omissão de Socorro (Art. 135, Codigo Penal): Como ninguém morre em desenho animado, a pena será de somente de 1 a 6 meses por não ajudar um acidentado. Vários episódios, inclusive aquele no qual ele desenha um trilho de trem bem no local aonde o pintor está a pintar uma flor e que é atropelado pelo proprio trem, o destino do acidentado não foi o hospital, mas sim uma exposição de obras de arte. Traduzindo, negligência e humilhação pública.
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Crime # 07 - Calúnia (Art. 138, Codigo Penal): Citando como exemplo o episódio em que ele acusa um cachorro de maltratá-lo e espancá-lo e, quem realmente é maltratado é o cachorro, o caluniador Pica-Pau pegaria de 6 meses a 2 anos de reclusão por conta dessa peripécia.
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Crime # 08 - Constrangimento Ilegal (Art. 146, Codigo Penal): Diversos personagens tem a sua ‘resistencia reduzida’ ao serem amarrados ou submetidos a algum tipo de violência após serem presos ou acorrentados. A punição para isso varia de 3 meses a 1 ano de detenção.
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Crime # 09 - Invasão de Propriedade (Art. 150, Codigo Penal): ‘Leôncio’ é a principal vítima desse tipo de crime que o Pica-Pau comete. Até mesmo na nova série, ele ainda continua tendo sua casa invadida ou, até mesmo, sendo tomada pelo “protagonista”. Outros episódios também mostram o Pica-Pau invadindo casas e as destrunindo e, ainda, causando loucura nos moradores ou empregados dos locais invadidos. Com isso, a reclusão poderia ser de 1 a 3 meses.
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Crime # 10 - Furto (Art. 155, Codigo Penal): Você já percebeu que em muitos episódios o Pica-Pau faz furtos na maior cara de pau? O episódio em que ele faz alusão a “Robin Hood”, é o mais explicito com esse tipo de atitude. Sem adições, a pena é de 1 a 4 anos de prisão. Mas, como se trata de Pica-Pau e ele sempre se aproveita do seu “abuso de confiança”, a pena sobe para 4 até 8 anos.
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Crime # 11 - Roubo (Art. 157, Codigo Penal): Sim. Pica-Pau também é um 157 boladão e ViDa Loka. Carros e casas estão em sua lista de apropriação indébita. Zeca Urubu então, nem se fala. É profissional na função. Pena para os dois? De 4 a 10 anos de prisão e pagamento de multa.
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Crime # 12 - Dano (Art. 163, Codigo Penal): Destruição e inutilização de imoveis e carros de terceiros no desenho do Pica-Pau são uma constante. Quem não lembra de quando ele destruiu a casa do ‘Leôncio’ por conta de uma só moeda? Para esse tipo de crime, uma pena leve de 1 a 6 meses de reclusão.
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Crime # 13 - Estelionato (Art. 171, Codigo Penal): Como bom malandro que é, não poderia deixar de ser enquadrado no artigo 171 do Codigo Penal. Cito apenas o trecho do código que diz: “defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém“. Algumas encomendas feitas no desenho, nunca tem seu conteúdo entregue como deveria ser. Isso também é um fato de Estelionato. Pena de 1 a 5 anos de prisão.
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Crime # 14 - Jogos de Azar (Art. 174, Codigo Penal): Veja comigo: “Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa“. Lembrou de algum episódio? Eu lembrei de dois. A pena é de 1 a 3 anos de detenção.
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Crime # 15 - Não pagar a conta (Art. 176 Codigo Penal): Qualquer dia, você conta de quantos estabelecimentos o Pica-Pau entra para furtar comida ou entra senta, come e sai (ou faz de tudo) sem pagar a conta. Isso pode render de 15 dias a 2 meses de cadeia pro passarinho.
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Crime # 16 - Dirigir em Alta velocidade (Art. 218, Codigo de Transito Brasileiro): Não dá em prisão ainda, mas dá em multa e, se fosse por imprudência no transito, ele já estaria falido com tanta multa que ele iria pagar.
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Crime # 17 - Desastre Ferroviário (Art. 260, Codigo Penal): Episódios que existem trens, são unanimidade. E, por isso, ele pode pegar de 2 a 5 anos de reclusão.
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Crime # 18 - Falsificação de Alimentos (Art. 272, Codigo Penal): A falsificação de alimentos é feita sempre quando o Pica-Pau é o alvo, ou seja, sempre é feita quando ele próprio vai virar a comida. Me recordo em um episódio no qual ele transforma um côco e alguns gravetos em um frango. Isso é um dos vários exemplos que podem ser dados. Para isso, cadeia de 4 a 8 anos.
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Crime # 19 - Falsificação de Remédios (Art. 273, Codigo Penal): Do mesmo modo acima, Pica-Pau utiliza-se de métodos pouco ortodoxos para conseguir o que quer. Leôncio já foi uma vítima desse tipo de delito cometido pelo protagonista. Pena de 10 a 15 anos de xadrez.
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Crime # 20 - Charlatanismo (Art. 283, Codigo Penal): Videntes, Pajés, Gurús e até mesmo uso de Hipnose fazem parte do currículo do Pica-Pau. Para esse tipo de atividade, um período de férias de 3 meses a 1 ano em algum Hotel Prisional.
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Crime # 21 - Falsificação de Moeda (Art. 289, Codigo Penal): Um ladrão que rouba Pica-Pau, no fim acaba com moedas de madeira no lugar de moedas verdadeira. O que é isso? Falsificação. E cabe de 3 a 12 anos de detenção para o “Pica-Pau que copiava”.
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Crime # 22 - Falsidade Ideologica (Art. 299, Codigo Penal): Se travestir de mulher, assumir outras identidades como médico ou astronauta é uma coisa que o Pica-Pau também é especialista em aprontar e que também dá cadeia. A pena vai de 1 a 5 anos de detenção.
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Crime # 23 - Atropelamento (Art. 303, Codigo de Transito Brasileiro): Quero um dia contar quantos personagens o Pica-Pau e sua turma atropelam durante apenas uma temporada. Com certeza serão muitos. A pena é de 6 meses a 2 anos de cadeia e proibição do direito de dirigir.
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Crime # 24 - Racha (Art. 308, Codigo de Transito Brasileiro): O episódio clássico dos “Rachadores” onde o policial procura justamente esse tipo de infrator, serve para mostrar tanto esse, quanto o proximo crime. Para Racha, a pena é de 6 meses a 2 anos de prisão e proibição do direito de dirigir.
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Crime # 25 - Desacato a funcionário público/autoridade (Art. 331, Codigo Penal): Como dito acima, o episódio dos “Rachadores” é um bom exemplo de desacto a autoridade. Na figura que ilustra o post, mostra o Pica-Pau intimidadando um policial fardado. Muitos funcionários “públicos” durante todas as temporadas e fases do desenho, são humilhadas e desacatadas. Como punição, 6 meses a 2 anos de ‘xilindró’.
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Crime # 26 - Manipulação de provas/Falso testemunho (Art. 342, Codigo Penal): Pica-Pau sempre se dá bem. Como ele faz isso? Torna as provas que ele produz em uma fonte de acusação para quem está perto dele, o seu adversário, inimigo ou mesmo médicos e cientistas. Manipulador nato, WoodPecker nunca dá mole. A pena é de 1 a 3 anos de reclusão. Conheço gente na minha cidade, principalmente na área da política, que está seguindo este Pica-Pau...Cuidado!