Caricatura de Carlos Drummond de Andrade,
por Vicente Freitas (VINCENT)
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Formou-se em
Farmácia, atendendo a insistência da família em graduar-se. Trabalha em Belo
Horizonte como redator em jornais locais até mudar-se para o Rio de Janeiro, em
1934, para atuar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, então nomeado Ministro da Educação e Saúde
Pública.
Em 1930, seu livro
"Alguma Poesia" foi o marco da segunda fase do Modernismo brasileiro.
O autor demonstrava grande amadurecimento e reafirmava sua distância dos
tradicionalistas com o uso da linguagem coloquial, que já começava a ser aceita
pelos leitores.
Drummond também
falava sobre temas como o desajustamento do indivíduo, ou as preocupações
sócio-políticas da época, como em “A Rosa do Povo” (1945). Apesar dos temas
fortes ele conseguia encontrar leveza para manter sua escrita com humor e uma
sóbria ironia.
A morte, assim como o humor, foi uma constante em sua obra:
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Veja mais: http://www.memoriaviva.com.br/drummond/index2.htm
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