24 de abril de 1581, na aldeia Pouy, sul da França,
nasce uma criança. Batizada no mesmo dia.
nasce uma criança. Batizada no mesmo dia.
Camponês de nascimento, pastor na infância,
padre, postulante em Roma, escravo.
– chamou-se em vida Vicente de Paulo.
Naquela França convulsionada pela ambição,
ele encontra o seu campo de batalha.
Nada de embarcar para terras de Ásia e África,
bastava olhar no entorno – gentes tão distantes de Deus.
Ensino de catecismo, prédicas singelas
– dessas pequenas missões
nascia a grande congregação dos Lazaristas,
espalhadas mais tarde pelo mundo inteiro.
Criou então a sociedade das Senhoras da Caridade
– damas fidalgas e burguesas –
apesar de tão altas protetoras, padeciam de um vício básico:
o fato de continuarem grandes damas.
São Vicente queria uma caridade direta:
A ferida que se lava e se cura,
a cama que se troca, a fome que se acode na própria cabana.
Foi daí que nasceu a grande revolução Vicentina.
Um novo tipo de comunidade religiosa
cuja direção foi entregue à Luiza de Marillac.
Até então a vocação religiosa feminina
só conhecia a contemplação e o claustro.
São Vicente descobriu uma fórmula inédita:
nada de freiras emparedadas em conventos,
as suas seriam militantes,
praticando a caridade com as próprias mãos.
Mais de trezentos anos se passaram:
de Richelieu a Luís, o sol, que resta?
Pedras mortas, páginas de livros.
Mas a obra de Vicente de Paulo está aí
– viva, palpitante, eterna.
E já temos como certo,
quando começarem as viagens interplanetárias,
– onde quer que se fixe o homem pelos céus além,
logo há de aparecer uma Irmã de Caridade,
a assistir ‘orfãozinhos’ e ‘desvalidos’ no novo planeta.
– 27 de setembro de 1660, morria, em Paris, um santo.
Vicente Freitas
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