Versos escritos na poeira,
Para as baratas
Solitárias, sem sangue,
Escondidas, que nem ratos,
Que nem criminosos pobres,
Desde tempos imemoriais...
Bem antes dos Dinossauros,
Baratossauros.
– Quem já as viu não as amou.
Traduzo a tristeza das baratas,
Alguma sombra de compaixão
Pelos animais, os insetos.
Meus pobres versos corroídos
Pois que fiquem esquecidos
Onde as baratas os atirou.
– A barata e eu, os excluídos.
Vicente Freitas
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