quarta-feira, abril 04, 2012

Baratas


Versos escritos na poeira,
Juan Miró, The malancholic singer
Numa furna escura,
Para as baratas
Solitárias, sem sangue,
Escondidas, que nem ratos,
Que nem criminosos pobres,
Desde tempos imemoriais...
Bem antes dos Dinossauros,
Baratossauros.

– Quem já as viu não as amou.

Traduzo a tristeza das baratas,

Alguma sombra de compaixão
Pelos animais, os insetos.

Meus pobres versos corroídos
Pois que fiquem esquecidos

Onde as baratas os atirou.

– A barata e eu, os excluídos.

Vicente Freitas


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