Pesquisadora do Museu da República, de 1983 a 1985, da Fundação Nacional Pró-Memória, cedida à Fundação Casa de Rui Barbosa para coordenar o Projeto Botafogo, de 1985 a 1989; Chefe da Divisão de Documentação e Pesquisa do Museu da República, de 1989 a 1991; pesquisadora do Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural, atual IPHAN, de 1991 a 1992. A partir de 1992 integra a equipe do Setor de História da Fundação Casa de Rui Barbosa, do qual foi chefe de 1998 a 2000.
Publicou, entre outros, Histórias de Presidentes – a República no Catete (Rio de Janeiro/Petrópolis: Fundação Casa de Rui Barbosa/Vozes, 1989); Brasil pelo método confuso – Humor e boêmia em Mendes Fradique (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993); O Chico e o avô do Chico (literatura infantil), (Biblioteca Carioquinha, nº 1, Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 1996); O Chico e o avô do Chico em: A História dos Escravos (literatura infantil), (Companhia das Letrinhas, 1998); Nássara: o perfeito fazedor de arte (Relume Dumará/Rio Artes, 1999), Insultos Impressos – A guerra dos jornalistas na Independência (1821-1823), sua tese de doutoramento, e Lapa do desterro e do desvario – uma antologia (Casa da Palavra, 2001).
Especialista em história da imprensa brasileira, tema sobre o qual pronunciou diversas conferências e publicou estudos em revistas acadêmicas, nacionais e estrangeiras, é co-editora junto com Alberto Dines da edição fac-similar do Correio Brazilense (1808-1822) de Hipólito da Costa, reunindo 29 volumes de cerca de 600 páginas.
Junto com Pedro Corrêa do Lago, ela assina o roteiro do espetáculo de Som e Luz do Museu Imperial de Petrópolis, drama histórico em torno da vida e do reinado de D. Pedro II (novembro, 2002).
Isabel Lustosa é autora do texto que revelou uma série de novas abordagens possíveis para o estudo da arte do caricaturista J. Carlos. Em The Art of J. Carlos, publicado em 1995, a autora destaca tanto os aspectos inovadores de sua arte gráfica como também o seu caráter jornalístico. Chama a atenção para a verdadeira cobertura que fez das duas guerras, através das inúmeras capas da revista ‘Careta’. Para a autora, J. Carlos junta humor a sentimento, revelando de forma delicada a dor das vítimas inocentes daqueles dois grandes conflitos. O mesmo artigo também destaca o J. Carlos caricaturista dos nossos presidentes, a imagem da mulher, do Brasil e dos brasileiros.
Os textos de Isabel conquistaram também o diplomata Afonso Arinos, agora amigo particular, que a indicou para a vaga de imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de outra cearense: Raquel de Queiroz. “Isabel é a grande dama da literatura, da Ciência Política e da história do Brasil. Como acadêmica, a presença dela engrandeceria a Academia Brasileira de Letras”, comenta o diplomata Afonso Arinos.
Ela também é sócia do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. “É uma pessoa muito criativa, que analisa o passado dando muita vitalidade à sua percepção”, descreve Arno Wehling, presidente do Instituto Histórico.
Profissional respeitada, sobralense, Isabel Lustosa desvenda o passado para compreender o presente. Fala com propriedade sobre a história da imprensa brasileira: “a independência foi muito discutida e um personagem saiu daí: Dom Pedro I”. Do trabalho, diz: “é um privilégio trabalhar com algo que você gosta, fazer algo que você se orgulha”. Em 2009 ganhou o Troféu Sereia de Ouro: “Estou muito feliz com essa homenagem do Ceará. É sempre bom ser reconhecida na terra da gente”.
Obras
Brasil pelo método confuso: humor e boemia em Mendes Fradique'. RJ: Bertrand Brasil, 1993.
A história dos escravos. São Paulo: Cia das Letrinhas, 1998.
"Nássara: o perfeito fazedor de artes". Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.
Insultos impressos: a guerra dos jornalistas na Independência. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
"Lapa do desterro e do desvario: uma antologia" (org.). Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2001.
O nascimento da imprensa brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.
As trapaças da sorte: ensaios de história política e de história cultural Belo Horizonte: EDUFMG, (2004)
"A História do Brasil explicada aos meus filhos". Rio de Janeiro: Agir, 2007.
Imprensa, história e literatura. (org.) Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2008.
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Cada vez mais me orgulho de ser cearense. Ser cearense como José de Alencar (maior romancista); Rachel de Queiroz (maior escritora); Casimiro Montenegro (criador do ITA); Padre Cícero (pai do Cariri cearense, santo do Brasil); padre Ibiapina (pai dos pobres); Eleazar de Carvalho (maior regente); Capistrano de Abreu (maior historiador)e agora descubro mais sobre Isabel Lustosa que se destaca como uma das maiores historiadoras do Brasil.
ResponderExcluirHá um tempo atrás assisti uma entrevista do Ricardo Guilherme com essa esplendorosa historiadora cearense que é a Isabel Lustosa. Adorei e desde então fiquei sua fã.
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